quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SONETO DE AMOR

A cruz e a espada da distância
que ora a infelicidade me traz.


Quisera te achar em mil atalhos
Naturais como a luz solar no chã,
De mil estradas costuro retalhos
Em passos curtos à distante Teerã,

Quisera a magia dos contos falhos
Ser minha voz o sopro do leviatã
Despertá-la com silentes chocalhos
Nas planícies bélicas da ex-Canaã

Pra cá viria toda felicidade temporã
Ferir os encantos com seus malhos,
Neste meu Éden-Sul te daria a maçã

Mesmo se o pecar desse os ralhos,
Limparia o lixo deste nicho picumã
Pra tocar em teus cachos grisalhos.

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