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TRÊS AMIGOS
-- oi, carlos, como vai? tudo bem?
lembra-se de mim?
-- oi, suzete. como poderia esquecê-la. e aí?
-- ando meio aflita, enfim... lembra quando nos conhecemos
no velório municipal? hoje, de novo, estamos aqui mortos de
saudade do luizinho. coitado. veja o semblante dele: a mesma
carinha irônica. puxa! carlos, ele era o elo que te unia a mim.
ah! por que a vida é assim? adeus, a gente se vê. tudo de bom.
-- adeus. vê se me liga quando puder.
ela foi embora. doeu-me a despedida. desde então duas
perguntas não se calam dentro de mim: 'por que eu era
o elo que unia o falecido a ela?' e 'por que ela era o elo que
me unia ao falecido ?...'
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