A GAVETA DO POETA SÓ
me tranco nesta cela
deixo a chave ao deus dará
corro o mundo numa tela
palavras e aquarela
nem vejo o tempo passar
já não choro
nem sorrio
nem assobio
e se me alegro
vem a tristeza me buscar,
meu canto sai em duo
solo só e concluo
espero a dona morte
que do buraco da agulha
e da fechadura
teima em me espreitar
elevo o pensar às alturas
me vejo nas figuras
de um espelho a me contar
que sou só
que a vida me ama
mas ela não sei amar,
me tranco nesta cela
do mundo-ninguém
pra alguém virtual
meus sentires
todo papel cabal
meu eu aceitar
,
sou artista
sem palco nem preguiça
individualista
eu fui eu venho eu vou
à serenata sem dó
colher letras
pr'uma melodia quebrada
à plateia sem rosto
do solista só
de tudo o oposto
até que outras notas
anota
enche a gaveta
de versos que descansam
doutros que fará.
me tranco nesta cela
deixo a chave ao deus dará
corro o mundo numa tela
palavras e aquarela
nem vejo o tempo passar
já não choro
nem sorrio
nem assobio
e se me alegro
vem a tristeza me buscar,
meu canto sai em duo
solo só e concluo
espero a dona morte
que do buraco da agulha
e da fechadura
teima em me espreitar
elevo o pensar às alturas
me vejo nas figuras
de um espelho a me contar
que sou só
que a vida me ama
mas ela não sei amar,
me tranco nesta cela
do mundo-ninguém
pra alguém virtual
meus sentires
todo papel cabal
meu eu aceitar
,
sou artista
sem palco nem preguiça
individualista
eu fui eu venho eu vou
à serenata sem dó
colher letras
pr'uma melodia quebrada
à plateia sem rosto
do solista só
de tudo o oposto
até que outras notas
anota
enche a gaveta
de versos que descansam
doutros que fará.
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