DOIS POEMINHAS SINGELOS

DOIS POEMINHAS  SINGELOS



CAPITÃO DA MEIA-NOITE

SETA PONTIAGUDA
DÓI NO PEITO
QUANDO A LUA FAZ CLARÃO
À MEIA NOITE
O CAPITÃO
LEMBRA DA MENINA
MESSALINA DE SEU TESÃO
E ABRE A PORTEIRA
DA INSPIRAÇÃO
SERESTEIRA
VIDA NÃO É BRINCADEIRA
À FERIDA DE UM NÃO
DO CAPITÃO DONO DA LUA
LÁ DO FIM DA RUA
SE ESCUTA
O CHORO DE SEU VIOLÃO.

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A PRIMEIRA VEZ QUE VI O MAR


A PRIMEIRA VEZ QUE VI O MAR
VI MINHA SOLIDÃO
IMAGINEI UM BARQUINHO DISTANTE
NA GANGORRA DAS ONDAS

QUIS PREENCHER O MAR

PENSEI EM NÓS
NO NÓ QUE NOS SEPARA
TÃO LONGE QUANTO O BARQUINHO
SEM RUMO - SEM DESTINO

VIREI ÀS COSTAS À COSTA
PRA ACHAR-TE APÓS A SERRA
DONDE ESTE PENSAR
QUE EM MIM SE ENCERRA
O BARQUINHO PUDESSE ME LEVAR

QUEM SABE POR AMOR
AINDA VENHAS
OLHAR A SOLIDÃO DO MAR
NO SILÊNCIO DESTAS PALAVRAS.