terça-feira, 18 de maio de 2010

Uma frase e dois poemas

Uma frase e dois poemas


A FAMA.

As luzes dos holofotes cegam-me.
Vejo somente um brilho intenso
que esconde a realidade.

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QUANDO TU VENS.

tua boca tem o céu
úmido como a chuva fina,
teus olhos tem o lume
da estrela vespertina

no meu colo
danças qual dançarina

depois vais
levas o lume
sob chuva fina

deixas-me o perfume
eu,  tua flor regada
no teu gozo de menina.

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Vem Cá Menina
(um xote)

vem cá menina
canela fina
zóio preto
vaga-lume na escuridão

requebra quebra cintura
meus acordes saem ligeiros
no teu corpo  violão

teu cheiro brejeiro
minha inspiração
vem da semente do mato
alecrim lá do ribeirão

então eu danço
desajeitado feliz
de pé no chão

tam-tam-tam
ai como é bom
colar no teu corpo
trocar  um cuspe
enfeitiçado de paixão

ah, tu diz que sim
ah, tu diz que não

até quero quero
que o tempo pare
mas não arrepare
no amor improvisado
gozo de paixão

tam-tam-tam

oi pisa no meu pé
espinho me estrepe
digo que nem sinto
saltando serelepe
afora no estradão,
não me canso
do vaivém à tua casa
la no alto do espigão

teu calor
chamegos mil
sauna viva
me faz suar frio

tam-tam-tam
ah, tu diz que sim
ta-tam-tam
ah, tu diz que não
vem cá menina
zóio preto
batuque do meu coração.


***




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