sexta-feira, 3 de setembro de 2010

empós das manhãs

empós das manhãs


por que a noite nasce serena
a abstrair-se do dilema
que em mim habita
tempestuoso desde o despertar
no primeiro olhar
ao som da símplice cantilena

ó vida vazia
ó vida sem esquema

por que da paz vem a ira
da ira a paz
se jaz no meu peito altivo
o porquê aflitivo
do por que lutar

ó homem dúbio
de súbitos penares
ó vida e morte
ó  reflexo  de face consorte
lida vã
via-crucis de meus cantares

ó mutantes pensares
já não me conte tuas dores
matutinas vespertinas noturnas

...

'as águas do rio
tais gotas que me vertem
 chegam aos mares'
não se apresse o sonho de todo dia
meu espírito na imensidão vagar
na (des)natureza inconstante de meu ser

no trajeto dessa força de viver
que pra renascer
o fim comum anuncia








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