sexta-feira, 12 de agosto de 2011

a um passo do paraíso

e se eu soubesse que atrás ficou
o nicho próspero da
SOBERBA & VAIDADE

 e já não sentisse este frio
e orvalho
e não mais escutasse o som do vento
trinando seco nas laterais
como zumbido de insetos pestilentos
e sentisse que jamais por aqui eu retornaria

e se os faróis do trem
clareassem bem a frente de meu mísero corpo

...
já não me basta o findo olhar circunspecto
factual
...

mas
num segundo senti a paz verdadeira
e tracei meu NÃO antes de partir

(uma buzina de alerta
trilhos
o derradeiro som)
não vou me desviar
preciso seguir em frente





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