sexta-feira, 23 de agosto de 2013

de Manuel Bandeira para mim







A linguagem coloquial
Por vezes
Impus nos meus versos quebrados
Mas morri num poema inédito
Erudito
Escrito num papelzinho
Dobrado em minha carteira

Sempre fui libertino
Resguardei a língua
Pra não dizer besteira

Poema é valentia
É a  arma -- o Elixir
Dos fracotes
Que põe os fortes em pinotes
...
São golpes de vida e morte
Ironia - Azar e Sorte
Destilados nas estrofes

O posfácio do que vivi
Quem me leu
Escreveu que de mim ninguém se esqueceria

O que levei da vida
Foi tão-somente
A imutável poesia fria


***

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