paineira velha.
***** ***** paineira velha de beira de estrada tanto fui e vim tanto vou e volto de tudo que eu sabia de tudo me revolto se já não sei de nada nem duma nova jornada nem mesmo de mim paineira velha de beira de estrada onde o pássaro faz morada mora nos meus olhos ó marco de encruzilhada de frutos na caminhada que não colhi vendo tua copa florida na vida encantada sinto que por ti passo tão só como tu resistindo ao tempo de um portal ao vento ao relento da lua apagada que vai se abrir luzir se sei tudo que sei já de saber de tudo meu coração mudo nas rédeas da esperança nunca se cansa de tantas viagens desde tua sombra a lúdicas paragens num corpo sofrido que cansado descansa livre leve criança ó incontida festança estrada da paineira velha! que minh'alma não fique calada se eu um dia não regressar estarei como tu esquecida na primavera da vida que daqui vejo noutro lugar
PS: este poema foi considerado um dos mais tocantes da língua portuguesa pela sua simplicidade, pois, como disseram alguns consagrados..."foi escrito com a alma".
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segunda-feira, 19 de agosto de 2013
paineira velha
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