o espelho (2)
vejo neste espelho
mil olhos atrozes
minha imagem sê-los
por ser ninguém
ter nada de conselho
e na fúria (des)amorosa
dar-lhes os meus desvelos.
vejo neste espelho
o que pensei que via
com meu olho interior
encenando a vida todo dia.
vejo neste espelho
dois olhos pueris,
e nem a mesquinhez
que em forma de deboche
comanda, procura comandar,
e nem minha ira peculiar,
nada, nada mudará
minha forma de olhar.
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