domingo, 1 de setembro de 2013

por tanto sem muito a doar



Tanto que eu queria me sentir bem
em convívios sociais
e rir o riso largo
sem encenaçâo  plural

E que depois
quando eu voltasse pra casa 
não me esquecesse de todos 
os que me abriram o coração
e face a face
não descartaram às lástimas
do meu eu singular

Tanto perdi
em meros resumos peculiares
deste chão empós dos mares
que tracei mas não vivi

Tanto tempo faz
me apraz pescar a verdade
de que pra se viver na cidade
há de se fisgar a rara sinceridade
dos que passam por mim
(sem o riso e sem o choro
singulares do plural)
tão incertos e cegos
às reações não tardias em meu rosto
escondido no negror de mim
em dias tão claros
tanto que este maldito abandono
faz-me buscá-los
num desespero qualquer.



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