sexta-feira, ufa!,
de uma mulher balzaquiana
à beira de um surto.
ela quer curtir sonhos malucos
em saraus à beira mar
fugir da lida
num lugar distante se balançar
numa rede preguiçosa
dormir-voar-velejar
ela é dona de si
mãe e pai do lar
mas precisa sentir a areia
a lua cheia
fazer castelos
nadar nua longe da rua
esperando seu par
pra longe da mesmice
sua fuga embalar
ela precisa urgentemente
uma decisão tomar
fora estresse
fora solidão fora
em seu peito
o lumiar feliz aflora
ela só quer
o amor
que há muito namora
nem que seja num poema
de véspera de sábado
virtual
como esse agora
pra dizer a si mesma:
trilegal uai
sinto teus toques
massagear minhas costas
meu ego
não pare o balancê
quero quero descansar
pra me aliviar
contar minhas mágoas pra você
me emprurre bem devagar
me faz dormir
me desperta segunda-feira
***
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