JUSSARA
minha morena
bicho esquisito
pele lisa
que nem palmito
vem pro matel comigo
dô pro seu véio um cabrito
veneno pra saúva
+
uma pele de mico
(num deda pro ibama, hem?)
+
uma pele de mico
(num deda pro ibama, hem?)
qu'ele não venha com pinga
com cabreúva
senão vomito
te espero debaixo da ponte
perto da pinguela do calipal
onde a gente lenha
e os 'casal' balança o taquaral
aí, ó, fiz um poema procê:
"da madeira vem o palito
o protético faz dente forte
pra comê cana e chouriço
palitar sua boca me habilito
até sentado num ouriço
peraí, que tem o final:
"da madeira vem o palito
do sangue vem o chouriço
vim pra palitar sua boca
te beijá te saciá
até rancá seu dente postiço
te beijá te saciá
até rancá seu dente postiço
você num sai da minha cabeça
parece praga de pioio
vem pra mim não esqueça
vem pra mim não esqueça
pois tô comendo capim
tanto capim
que faz com que eu pereça
que nem que pau com cupim
que faz com que eu pereça
que nem que pau com cupim
tá vendo como sô romântico
tô tão xonado
se ocê disser pra mim
'nade até o mar'
eu nado,
se ocê me disser
puxa água geladinha do poço
eu puxo
eu puxo
pra te banhar d'água fria
por puro agrado
por puro agrado
pra ver se consigo
apagar o fogo do seu rabo
apagar o fogo do seu rabo
a gente se vê no sábado à tardinha
passe a tramela na boca
beijos do zé roela
PS: se o véio perguntá
onde ocê vai,
diga que vai cortá palmeira.
ei, será que tem palmito
lá na serra da mantiqueira?
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