domingo, 12 de setembro de 2010
um poema de porre. leiam-me fingidores, please!
um poema de porre. leiam-me fingidores, please!
mais uma noite em vão.
meio bêbado. acabei de chegar.
não é comigo, não me satisfaz.
posso ter a mulher que quero no baileco que vou
ver as caras das pessoas.
puta que o pariu ser poeta!
vejo as caras que me encaram.
elas riem. eu disfarço e danço uma música
que odeio com uma velha que me dá atenção.
tomo todas e mais umas. foda-se o baile.
não é comigo, não me satisfaz.
tô com o saco cheio de procurar em lugares errados
algo que nem sei se existe.
chapado é foda sentir-me feliz.
paquerei todas as mulheres possíveis na noite,
mas não encontrei um rosto que me cativasse.
e fui bebendo... o som rolando e eu de bobeira
entre dançarinos que fazem do baile a razão
para esquecerem-se da lida cotidiana.
baile é falso. a dança engana a vida.
nada é comigo, nada me satisfaz.
tomei mais uma e saí sem rumo.
parei no mac'donalds e comi um lanche.
caralho, comer lá é sinal de status.
foda-se o mac. parei na padaria e comi
um "americano".
a fome me fode. peguei o ônibus.
fumei uns dez cigarros.
no caminho, uma molecada no final do viaduto
ofereceu-me um baseado.
nem quis. sou mais louco dos que os que
procuram a loucura.
disse aos moleques:
não é comigo, não me entusiasma.
vou dormir como um cara careta que vive
em aliteração de momentos tão iguais.
tô sem saco pra nada.
mais uma noite em vão.
o que procuro?
o que todos procuram?
sei lá.
não é comigo.
nada nesta porra de vida me entusiasma.
se isso não é poesia, foda-se os
intelectuais de plantão.
a vida vivida é outra.
sei lá, estou escrevendo esta merda de texto
com vontade da falar com alguém.
mas não esperem frases com sentido,
pois a soledade me deixa mais louco que toda bebedeira
que eu possa me encontrar...
porra!
em beber, às vezes, sinto-me o rei da noite.
outras, um bastardo à procura de um lar onde
alguém me esperasse e me pusesse pra dormir sem
reclamar de minhas ideias birutas e sem nexo.
cadê o pessoal que comenta meus poemas?...
acho que está normal... cada um tem seu ponto de fuga.
cada um, cada um.
esse texto pode até ser o pior que já escrevi,
mas é o mais autêntico. oh, não o leia,
nem faça bico, seu fingidor. somos farinha do mesmo saco.
rapte-me o sono e amanhã estas palavras descartarei
e pedirei desculpas a mim mesmo.
chega! tô mais vazio que pneu furado.
ah, preciso mijar urgentemente.
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