Meu amigo madrugadeiro.
Hoje, precisamente às 4h30, fui até o fundo de casa.
Lá tem um pequenino quintal onde fico admirando
a engenharia dos prédios.
Escutei, de repente, o canto maravilhoso do sabiá.
Mas, como ainda estava escuro, não pude divisar
o local exato de onde vinha e onde ele se encontrava.
Com o desmatamento, em voga, das áreas verdes no
entorno da cidade, cheguei à conclusão de tratar-se
do meu amigo que aderiu à vida moderna, urbana.
Ah, mas nunca me esqueço de jogar migalhas
no chão para que ele não se esqueça de aqui pousar.
Gozado, cá matutando, penso que faço o caminho inverso
do dele: sempre tive o sonho de voltar para o campo
para aprender a cantar...
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