sábado, 13 de novembro de 2010

já o anu jaz

já o anu jaz.

já o anu já
sem  folhagem
passa fome
chora e pia



sem  mourão
sem terrão
sem  estação
sem cerca
sem cercania


já o anu já
sem água clara
se vai a cada dia


já o anu já
perdeu a família
sem capim
sem lombo
sem bicar
já tá só
na torre
sem energia


já o anu já
jaz nos jás
de repente

voa livre
o negro negreiro
no livro de utopia






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