sexta-feira, 12 de agosto de 2011

QUANDO ESTOU SÓ

quando estou só
na soledade que de mim se apropria
calmo
faço poesia

quando estou triste
entocado feito animal que perdeu a porfia
trêmulo
faço poesia

quando me vem a alegria
ironizo meu jeito de ser
meu dia
rindo
faço poesia

quando em mim
a poesia não é quente nem fria
e meu mundo é uma tela vazia
sou eu  a poesia
tão muda a revelar
quão pequeno sou
num tudo e nada sem sentido
tal absorta elegia

e
SEM TI
POESIA
preciso urgentemente
ter as respostas segredistas
que desde garoto
eu imaginava que nestes momentos eu teria



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