Falo sobre aquela tristeza seca, sem lágrimas,
que sangra sem doer, invisível aos olhos de outrem.
Falo sobre algo indizível, capaz de definhar a gente,
mas nem eu nem ninguém entende. Falo sobre o amor
não correspondido a irromper no espaço-tempo,
trazendo o lamento de quem ama demais, mas jamais
verá sua luz na escuridão por que sofrem tantas almas
em busca da paz sentimental, o contraveneno ao
sentimento que, ao virar apenas saudade, desfaz-se
como declarações de amor em papel velho,
biodegradável, em lixões a serem soterrados e
esquecidos.
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